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Última modificação: 02/06/2025 - às 10:13

Região das Missões aposta no turismo histórico em preparação ao aniversário de 400 anos

 

Há quase 400 anos, num projeto de expansão da igreja católica, missionários jesuítas chegaram ao RS para catequizar indígenas. Para isso, eles formaram comunidades em torno de igrejas. Um deles é o atual sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo, que impressiona pela magnitude. Todos os anos, 60 mil pessoas viajam a São Miguel das Missões para ver de perto a igreja, a escola, o hospital e outras estruturas que marcaram o encontro de culturas entre jesuítas e guaranis.

Quatro séculos depois, para celebrar esse legado e incentivar o turismo nas Missões, uma série de investimentos está sendo realizada para que toda essa história seja preservada.

— Vai ter um trânsito grande de gente pela área do sítio e, por conta disso, precisamos acolher eles da melhor maneira possível. Tem algumas questões como estacionamentos, pedimos para a prefeitura a instalação de estacionamento para ônibus especificamente — pontuou o chefe do Parque Histórico Nacional, Filipi Gomes de Pompeu.

Obras no acesso asfáltico a dois sítios arqueológicos estão sendo concluídas. No acesso a São João Batista ainda falta um pequeno trecho de pavimentação, como explicou Pompeu:

— O que falta é a prefeitura apresentar um projeto arqueológico com o plano de gestão que foi solicitado, pelas estruturas arqueológicas que já existem e que estão no leito da estrada.

Essa é mesma situação do sítio de São Loureço Mártir. A obra de asfalto começou, mas foi interrompida até a liberação do projeto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Já na rodovia mais importante para o turismo nas Missões, a BR-285, no trecho que vai de Entre-Ijuís a São Borja, uma nova camada de asfalto está sendo feita e terceiras pistas são abertas em alguns pontos.

O governo do Estado montou uma força-tarefa eaté maio do próximo ano deve investir R$ 100 milhões para melhorar a infraestrutura da região.

Rede hoteleira está preparada

Mas quem viaja até as Missões precisa mais do que lugares para visitar. Foi pensando nisso que hotéis e restaurantes se preparam para encantar os novos clientes. Em um hotel de São Miguel das Missões, os espaços receberam nomes em guarani e têm objetos de decoração fabricados por povos originários.

— A gente se preocupou muito com isso e é uma das pautas importantes resgatar essa arte. A decoração é guaranítica e kaingang também — destacou a diretora do hotel, Rita de Cássia Silva Pippi.

EmSão Luiz Gonzaga, outro hotel pensa em estratégias para acolher turistas brasileiros e estrangeiros. Nas paredes, registros das histórias e costumes herdados dos povos originários.

— Estamos numa localização estratégica dos Sete Povos das Missões, então sempre é bom relembrar e valorizar as nossas origens. Estamos prontos para receber todo o turista que vier do Brasil e até de fora — afirmou o empresário Rônei Krieger Santos.

Sete Povos das Missões

Em 1626, missionários jesuítas cruzaram a fronteira da Argentina para o Brasil, pelo Rio Uruguai, com o objetivo de catequizar os povos indígenas e ampliar a influência da igreja católica. O primeiro povoado missioneiro criado no Rio Grande do Sul foi São Nicolau, no dia 3 de maio daquele ano.

O fim dessas comunidades começou a partir doTratado de Madri, em 1750, que determinou que essa região seria dos portugueses, e não mais dos espanhóis. Com a guerra guaranítica, muito do patrimônio acabou destruído. O que sobrou tornou-se espaço histórico mantido e visitado até hoje.

Fonte: GZH / Portal Paiva News

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